

A adubação fosfatada em pomares já instalados é uma prática essencial para manter a produtividade e a saúde das plantas ao longo dos anos.
O fósforo desempenha um papel fundamental no desenvolvimento radicular, na floração e na frutificação, mas tende a apresentar baixa mobilidade no solo, exigindo uma gestão criteriosa. Antes de definir a necessidade de adubação, é importante avaliar a disponibilidade deste nutriente no solo e nas folhas, considerando as características do tipo de solo e as exigências específicas da cultura.
Para tal recomenda-se:
O fósforo fixa-se facilmente aos óxidos de ferro e alumínio (em solos ácidos) ou cálcio (em solos alcalinos). O fósforo não se movimenta verticalmente, portanto deve estar próximo das raízes ativas para ser assimilado.
O fósforo (P) é um dos nutrientes menos móveis no solo. Quando aplicado à superfície, o nutriente não se move verticalmente com a água ao contrário do azoto ou do potássio.
Assim que entra em contato com o solo, o fósforo reage rapidamente com os componentes minerais. Em solos ácidos, tende a formar compostos insolúveis com óxidos de ferro e alumínio, enquanto em solos alcalinos, precipita-se com cálcio. Como resultado, o fósforo permanece retido na camada onde foi aplicado, tornando-se pouco móvel e de difícil redisponibilização para as plantas.
A aplicação superficial de fósforo, sem incorporação ao solo, geralmente apresenta baixa eficiência. Isso ocorre porque o nutriente tende a:
Apesar dessas limitações, existem situações em que a aplicação superficial pode trazer algum benefício, especialmente quando a gestão favorece a permanência e a disponibilidade do fósforo na camada superior do solo. Isso pode ocorrer em:
Sistemas com solos arenosos e de baixa capacidade de fixação de fósforo, onde o nutriente apresenta alguma mobilidade;
Áreas com cobertura morta ou resíduos orgânicos, que reduzem a fixação e aumentam a mineralização superficial;
Sistemas de fertirrigação contínua, nos quais o fósforo se acumula gradualmente próximo às raízes finas mais superficiais.
Após a instalação dos pomares a reposição dos níveis de fósforo no solo em profundidade é mais difícil dado que algumas operações de mobilização do solo são impossíveis. Para colmatar este desafio é recomendado:
Boas práticas complementares
O efeito concentração ocorre quando o fósforo é aplicado de forma localizada, em vez de distribuído por toda a área. Assim promovem-se zonas do solo com alto teor de P disponível, próximas às raízes ativas da planta.
Exemplo: Aplicar Fósforo (P) em faixas, sulcos ou covas na linha de plantação ou na projeção da copa → forma uma “zona de fertilidade” rica em P.
O fósforo tem mobilidade extremamente baixa no solo — na prática não se move mais que 1–2 cm do local onde foi aplicado. Em solos, ricos em óxidos de Fe e Al, o P tende a ser fortemente imobilizado.
Quando aplicado em baixas doses distribuídas, o P entra em contato com uma grande área de solo e, portanto, mais sítios de fixação. Resultado: maior parte do fósforo fica indisponível.
Quando aplicado de forma concentrada e localizada, acontece o oposto:
Em resumo: a aplicação localizada do fósforo em profundidade permite aumentar a concentração local de P reduz a fixação e melhora a assimilação pelas raízes das árvores.
Para escolher a melhor estratégia de adubação com base nas suas necessidades de produção não hesite em contactar a nossa equipa técnica.

A ferrugem causada pelo fungo Puccinia porri é uma das principais doenças do alho-francês, afetando também a cebola, cebolinho e o alho (Puccinia alli; Puccinia mixta).
Os sintomas começam normalmente nas folhas mais velhas com pequenas manchas esbranquiçadas, que se expandem para pústulas maiores de cor avermelhada a laranja opacas. Ao crescerem estas pústulas acabam por libertar os esporos do fungo, disseminando-se rapidamente por plantas vizinhas.
As folhas mais afetadas tornam se cloróticas e acabam por secar, podendo levar à morte da planta.
As condições de humidade elevada e temperatura entre 15º e 25ºC , favorecem o desenvolvimento do fungo, por outro lado, solos compactados e mal drenados também constituem um maior risco. Por consequência do menor arejamento a fase final será de maior risco de propagação da doença.

Como medidas preventivas e de controlo cultural recomenda-se a:
Em casos mais graves de instalação da doença a Casa Queridos recomenda a aplicação de fungicidas como medida de controlo integrado. Para o efeito pode-se aplicar uma das seguintes alternativas: Flint® Max (Bayer), Sercadis® 30 SC (BASF), Azoxystar (Epagro), Ortiva® Top (Syngenta) ou Score 250 EC® (Syngenta).

Para escolher a melhor estratégia de proteção com base nas suas necessidades de produção não hesite em contactar a nossa equipa técnica.
Utilize os produtos fitofarmacêuticos de forma segura. Leia sempre os rótulos e a informação relativa aos produtos antes de utilizar. Em caso de dúvida, consulte os serviços técnicos da Casa Queridos.
